segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Escandinávia (parte I) - Bergen


Em março de 2013 fizemos uma viagem inesquecível pela Escandinávia, passando pela Noruega, Dinamarca e Suécia. E aproveitando a escala do nosso voo, conhecemos também a Holanda.

O objetivo principal era um desafio: realizar o sonho de ver a Aurora Boreal, um dos fenômenos naturais mais interessantes e fascinantes do planeta. Quando usamos a palavra “desafio”, não estamos brincando. As luzes só são visíveis bem ao norte da Terra, em condições muito propícias. Mas vamos tratar disso mais à frente com detalhes melhores e todos os dados que nos ajudaram a alcançar o objetivo.

Então, desafio aceito, o Bernardo pesquisou tudo o que pôde sobre a Aurora e elaborou um roteiro que nos levou a uma cidadezinha nos confins da Noruega, durante o inverno do hemisfério norte. É que claro que precisávamos aproveitar que já estávamos por lá para conhecer um pouco mais da Escandinávia. E foi assim que acabamos passando por Bergen e Tromsø na Noruega, Estocolmo na Suécia, Copenhagen na Dinamarca e Amsterdam na Holanda, fazendo a viagem mais incrível de nossas vidas juntos (até agora). 

E é sobre isso que vamos falar neste e nos próximos textos.


O TRAJETO DE IDA

Foi com um friozinho na barriga e muita esperança de que tudo desse certo que embarcamos no Aeroporto Internacional de Confins prontos para uma escala no Rio de Janeiro e outra em Amsterdam antes de chegar a Bergen, nossa primeira parada na Noruega. 

Os trechos internacionais foram feitos com a KLM, que nos surpreendeu positivamente com atendimento de primeira e aviões modernos e confortáveis (ainda que aquele conforto relativo de classe econômica).

Pra começar: amendoins e vinho branco no voo da KLM



PRIMEIRO DIA - BERGEN

Após a longa viagem, aterrissamos em Bergen às 16h30 e já sabíamos que a melhor forma de chegar ao nosso hotel seria com o ônibus Flybussen. Ele sai do aeroporto a cada 30 minutos e faz várias paradas pela cidade. Uma delas era pertinho do nosso hotel e o motorista acabou nos deixando na porta, quando soube onde iríamos ficar. Essa foi nossa primeira amostra do tratamento norueguês: gentileza e inglês fluente, sempre.

Então chegamos ao Basic Hotel Bergen, que se revelou bem “basic” mesmo, quase um hostel de luxo, que nos atendeu muito bem. Pegamos a chave do quarto na caixa de correio usando as instruções e senha que havíamos recebido por email, sem qualquer dificuldade. Apesar de básico, achamos o hotel uma ótima pedida! Foi um excelente custo x benefício (os hotéis na Noruega são muito caros!), com quarto amplo, moderno, confortável e limpo (apesar de não ter camareira todos os dias), banheiro privativo e funcionários somente durante o dia. Café da manhã? Nada disso, mas a localização é excelente, com supermercado, restaurantes, bares e o “centro” da cidade a uma curta caminhada. Pertinho do hotel tem também uma casa de câmbio que usamos mais de uma vez, o que é importante, já que a moeda do país é a coroa norueguesa e o Euro não é aceito.

Como já esperávamos, estávamos cansados, fazia muito frio em Bergen e, em pleno inverno escandinavo, escureceu cedo. Sendo assim, nosso primeiro dia foi super light. Deixamos as coisas no hotel, fomos a um supermercado na região para lanchar e garantir o café da manhã do dia seguinte e ficamos quietinhos - e quentinhos - no hotel.


SEGUNDO DIA - BERGEN

Tomamos café da manhã no quarto, nos encapotamos bastante e saímos para conhecer a cidade de Bergen (em norueguês pronuncia-se “Báirguen”). Caminhamos pela manhã gelada da cidadezinha charmosa, reparando nas pessoas, nas roupas de inverno e nas características de um dia realmente frio em terras norueguesas. Acabamos gastando alguns minutos, fascinados, observando e fotografando um grande lago onde os patos andavam sobre a água inteiramente congelada!

Fomos então até a nossa primeira atração, o Fløibanen, um bondinho que leva até o topo de uma montanha chamada Fløyen, num mirante lindo a 320 m acima do nível do mar, com uma vista impressionante da cidade! Tiramos muitas fotos abraçadinhos naquele cenário pitoresco. Lá no alto, encontramos nosso primeiro troll, criatura simpática do folclore escandinavo, em forma de uma estátua maior que a gente, o que rendeu fotos divertidas. Tem também uma lojinha, que além de centenas de souvenires interessantes, oferece a chance de esquentar o corpo com uma bebida quente. 

Nesse mirante tivemos a chance de ver, pela primeira vez em nossas vidas, neve! A cidade estava toda coberta de neve, mas nenhum de nós havia visto realmente nevar e ficamos super animados com os poucos floquinhos que dançaram pelo céu por alguns minutos. Mal sabíamos o que nos esperava na próxima cidade...

Fløibanen


A vista de Bergen


Nosso amigo Troll


Voltando para parte baixa da cidade, continuamos nosso passeio pelas ruas do lugarejo super charmoso. Reparamos as muitas casinhas incrustadas na montanha, tentando entender e acompanhar as ruas que levavam até elas. Deu vontade de bater em uma das portas para fazer uma visita e filar um almoço, de tão aconchegante que pareciam ser!

As ruelas charmosas

As casinhas na montanha...

Chegamos então em Bryggen (cais, em norueguês), o cartão postal da cidade. Trata-se de uma sequência de casinhas coloridas de madeira construída há séculos, algumas até meio torrtinhas e bem grudadas umas às outras, que dão muito charme à região. Atualmente algumas casas funcionam como lojas de souvenires, artigos de pele de animais ou roupas caras. Podemos caminhar entre algumas das casas, nos becos estreitos e curiosos, onde fica um museu sobre a história de sua construção.

Bryggen de pertinho


De outro ângulo

Os "becos" entre as casinhas

As casinhas vistas do outro lado do cais


Do outro lado do cais está o mercado municipal. Ele nos foi bastante recomendado por blogs e sites durante a pesquisa para a viagem, mas foi o único atrativo que nos desapontou em Bergen. Talvez por causa da época fria do ano (vimos fotos de barraquinhas ao ar livre no verão), ou por termos criado expectativas de encontrar mais uma atração interessante, a verdade é que ele não passa de um mercado pequeno, organizado e limpo, com algumas variedades de queijos e peixes. Em 10 minutos é possível conhecê-lo inteiro. Isso, se você parar em todas as bancas para enrolar um pouco. 

Em cima do mercado há um centro de informações turísticas da prefeitura, com dicas de passeios e pontos turísticos, como museus, galerias e até um grande aquário local. Na verdade, não achamos nada muito atraente, a não ser, é claro, o passeio que já tínhamos programado para o dia seguinte: os fiordes noruegueses!


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